Eu fico sentada horas olhando pro nada, levanto, venho para o computador. Mais 30 minutos olhando para tela e nada. Nada. Nada já é alguma coisa, mas não é algo que resolva ou ajude. Nada e silêncio só prejudicam, só desesperam. O silêncio grita. O nada significa muita coisa.
Passo horas tentando entender os “por quês”, o “quando”, “onde”, “como”...
Repasso todas as situações procurando aquela, aquela exata e específica, que me mostre como cheguei até aqui, como me tornei essa pessoa que sou hoje. Tudo em vão. Talvez eu tenha algumas respostas, talvez eu realmente saiba a resposta. Mas esta, não me agrada, não me satisfaz. Ninguém gosta de admitir os erros, encará-los. Colocar a culpa em algo diferente, naquela curva que você fez errado, é mais prático, menos... doloroso.
Acho que tenho “sorte” por não acreditar em Deus, (não que eu ache que tudo é racional. Acredito que algo exista, mas não consigo colocar em uma só figura chamada “Deus”), se acreditasse estaria aqui, chorando e perguntando a ele os reais motivos de tudo isso acontecer, qual prova eu deveria dar, o que ele quer de mim. Ainda bem que não sou dessas.
Quem sabe não exista motivo, e essas coisas apenas aconteçam. Que mania de querer achar explicação para tudo! Será sempre assim? Enfim, não sei, provavelmente ficarei aqui, continuarei olhando para parede, pensando e escrevendo, quem sabe um dia eu consigo inventar uma explicação, pelo menos uma que me conforte.
5 de novembro de 2011
Mania
6 de janeiro de 2011
O que faz você feliz?
Sim, é a propaganda de supermercado, mas me inspirei nela para começar esse texto.
Coca-cola, família, frio, chuva, sexo, amor, meus amigos, viajar...
Consegui enumerar oito coisas, que parecem super vagas, mas que quando acontece preenche um espaço enorme.
Se eu tenho 50% disso em uma semana, por que eu ainda me sinto vazia, e sempre acho algo para reclamar?
Talvez eu seja um pouco a Cristina, do Woody Allen, e sofra de "insatisfação crônica".
Nunca sabendo o que eu quero, apenas o que eu não quero.
Na verdade, acho que muitos sofrem desse mal.
Quando tudo está perfeito, indo conforme o plano, arrumam algo para estragar tudo. Só porque estava ficando confortável demais, ou porque começaram a pensar no famoso "e se...?".
Sem um adjetivo melhor no momento, esse tal de "e se..." é uma merda. Principalmente para pessoas como eu, que pensam demais sobre tudo.
E se eu fosse menos impulsivo? E se eu tivesse dito aquilo? E se algo melhor me espera?
Acredito que é normal do ser humano esperar mais, ter a esperança de que existir algo lá na frente que vai mudar tudo.
Quem sabe é por isso que é tão difícil se sentir feliz.
Temos medo de nos "contentarmos" com o que temos, porque achamos que ainda virá algo melhor.
Ano novo... a esperança de tudo mudar de 23:59 para 00:00 é forte.
Mas... E SE não mudar?
Coca-cola, família, frio, chuva, sexo, amor, meus amigos, viajar...
Consegui enumerar oito coisas, que parecem super vagas, mas que quando acontece preenche um espaço enorme.
Se eu tenho 50% disso em uma semana, por que eu ainda me sinto vazia, e sempre acho algo para reclamar?
Talvez eu seja um pouco a Cristina, do Woody Allen, e sofra de "insatisfação crônica".
Nunca sabendo o que eu quero, apenas o que eu não quero.
Na verdade, acho que muitos sofrem desse mal.
Quando tudo está perfeito, indo conforme o plano, arrumam algo para estragar tudo. Só porque estava ficando confortável demais, ou porque começaram a pensar no famoso "e se...?".
Sem um adjetivo melhor no momento, esse tal de "e se..." é uma merda. Principalmente para pessoas como eu, que pensam demais sobre tudo.
E se eu fosse menos impulsivo? E se eu tivesse dito aquilo? E se algo melhor me espera?
Acredito que é normal do ser humano esperar mais, ter a esperança de que existir algo lá na frente que vai mudar tudo.
Quem sabe é por isso que é tão difícil se sentir feliz.
Temos medo de nos "contentarmos" com o que temos, porque achamos que ainda virá algo melhor.
Ano novo... a esperança de tudo mudar de 23:59 para 00:00 é forte.
Mas... E SE não mudar?
Assinar:
Postagens (Atom)