5 de novembro de 2011

Mania


Eu fico sentada horas olhando pro nada, levanto, venho para o computador. Mais 30 minutos olhando para tela e nada. Nada. Nada já é alguma coisa, mas não é algo que resolva ou ajude. Nada e silêncio só prejudicam, só desesperam. O silêncio grita. O nada significa muita coisa.
Passo horas tentando entender os “por quês”, o “quando”, “onde”, “como”...
Repasso todas as situações procurando aquela, aquela exata e específica, que me mostre como cheguei até aqui, como me tornei essa pessoa que sou hoje. Tudo em vão. Talvez eu tenha algumas respostas, talvez eu realmente saiba a resposta. Mas esta, não me agrada, não me satisfaz. Ninguém gosta de admitir os erros, encará-los. Colocar a culpa em algo diferente, naquela curva que você fez errado, é mais prático, menos... doloroso.
Acho que tenho “sorte” por não acreditar em Deus, (não que eu ache que tudo é racional. Acredito que algo exista, mas não consigo colocar em uma só figura chamada “Deus”), se acreditasse estaria aqui, chorando e perguntando a ele os reais motivos de tudo isso acontecer, qual prova eu deveria dar, o que ele quer de mim. Ainda bem que não sou dessas.
Quem sabe não exista motivo, e essas coisas apenas aconteçam. Que mania de querer achar explicação para tudo! Será sempre assim? Enfim, não sei, provavelmente ficarei aqui, continuarei olhando para parede, pensando e escrevendo, quem sabe um dia eu consigo inventar uma explicação, pelo menos uma que me conforte.

Um comentário:

FRAGMENTOS DO COTIDIANO disse...

Você escreve maravilhosamente bem, fácil e visceralmente.
Gostei muito!
Estou com o gosto de quero mais me deixando ansioso.
Sou seu fã!